Produtores de milho de Mato Grosso já sentem os reflexos da crise

Os custos de produção subiram e a escassez de crédito tomou conta do setor. Estes podem ser indicativos de que a crise no agronegócio chegou e pode provocar sérias conseqüências. Os produtores de milho de Mato Grosso já sentem os reflexos da crise.

Os estoques do produto ainda estão cheios. Pelo menos 2,3 milhões toneladas do grão ainda ocupam os armazéns instalados no Estado, segundo estimativa dos especialistas.

Ainda é cedo para dizer com certeza qual vai ser o cenário da produção de milho safrinha em Mato Grosso. No entanto, a estimativa mais concreta é de que, durante a safra de inverno, grande parte do campo que seria destinado à lavoura fique completamente vazio. A Associação dos Produtores de Sementes acredita que a diminuição possa chegar a 50% da área plantada na safrinha deste ano, que foi de 1,6 milhão hectares.

Para o produtor Sérgio Luís Mattei, esta estimativa deve se concretizar. O agricultor ainda tem 200 mil sacas do grão estocadas e para não ter problemas de armazenamento na hora da colheita da soja vai ter que vender o milho com um valor bem abaixo do custo de produção. Um prejuízo de R$ 5 por saca de 60 quilos. Como não quer correr o risco de passar novamente pela mesma situação no ano que vem, ele decidiu suspender a compra de sementes e insumos para plantação de milho.
Luiz Patroni | Campo Grande (MT) |canalrural.com.br

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