PR deve colher 25% menos feijão por causa do clima, prevê Deral

Apesar de ter aumentado em 26% a área plantada com feijão, o Paraná deve colher nesta primeira safra (das águas) 25% menos do que o esperado. A estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado, é de uma colheita de 454,8 mil toneladas, contra 610,3 mil toneladas projetadas inicialmente.

A engenheira agrônoma Margorete Demarchi destaca as condições climáticas adversas durante todo o ciclo do feijão: chuvas irregulares em agosto e setembro, que comprometeram o plantio e o desenvolvimento da planta, excesso de chuvas e queda de temperatura em outubro e, por fim, estiagem em novembro e dezembro, conjunto de fatores que reduziu o potencial produtivo da cultura.

O Paraná tem hoje cerca de 25% da área de feijão já colhida. Da leguminosa ainda na lavoura, 40% têm condições ruins de desenvolvimento, 34% condições médias e apenas 26%, boas. Os agricultores paranaenses investiram no cultivo do feijão nesta safra, estimulados pelos preços em alta do produto. A perspectiva de produção maior começava a pressionar as cotações, mas, com as notícias de perda, os preços voltaram a reagir.

Levantamento do Deral mostra que hoje os produtores recebem, em média, R$ 133,13 pela saca de 60 quilos do feijão preto e R$ 104,86 a saca pelo feijão de cor. Na média de dezembro, os preços são inferiores: R$ 110,77 a saca e R$ 93,70 a saca, respectivamente.

O Paraná é o principal Estado produtor de feijão. Para o País, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma colheita de 1,49 milhão de toneladas nesta primeira safra, volume 20% maior que o obtido em 2007/08. (Jane Miklasevicius)www.ae.com.br

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