As principais raças e a origem do equino Pônei

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Os pôneis são uma família de eqüinos de pequeno porte e ao contrário do que muitos criadores pensam, são animais primitivos, ligados e identificados com a própria origem dos eqüinos. A definição das diversas raças de pôneis ocorreu mais recentemente e expressa a ação selecionadora do homem e os novos ambientes de criação disponíveis desde os primórdios da domesticação dos cavalos.

Existem muitas raças de pôneis espalhadas por vários continentes, sendo que as mais tradicionais se encontram na Europa. Na América do Sul além dos pôneis argentinos, uruguaios e paraguaios destacam-se os pôneis brasileiros que são as raças Piquira e Brasileira. A Associação Brasileira dos Criados do Cavalo Pônei (ABCCP), procura, através do Padrão Racial, padronizar os animais das raças Brasileira e Piquira, controlando também as raças exóticas como Shetland inglesa e americana, Welsh Moutain Pony também inglesa e, a austríaca, Haflinger. Cada raça controlada pela ABCCP seguem seu Padrão Racial apresentando desclassificações comuns.

A raça Brasileira é a mais popular raça pônei de origem nacional, sendo simplesmente conhecida como Pônei. Ainda está em formação e caracteriza-se por animais de pequeno porte cujo objetivo é estimular o interesse, na criança, pelas atividades eqüestres, além de serem utilizados na tração de pequenas viaturas e em diversas atividades esportivas.

Esta raça originou-se do cavalo pônei da raça Shetland, da Escócia, e dos animais Falabella, da Argentina, além da influência de animais oriundos do Uruguai e Paraguai. Nos últimos cinco anos, o criatório nacional começou a ter infusão de animais provenientes dos Estados Unidos da América, os minicavalos americanos. É criada em todo território Nacional, snedo os Estados de maior expressão o Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, este último considerado o Estado berço da raça.

A raça Piquira é caracterizada por animais de pequeno porte pertencendo, portanto, à família pônei, é de origem nacional e bastante rústico. É conhecido popularmente como "mangalarga em miniatura".
O que destaca o Piquira das outras raças de pôneis é a qualidade do seu andamento e a sua docilidade. A marcha é o objetivo primário dos criadores não importando se batida ou picada sendo que o trote e andadura são desclassificantes para registro definitivo. Quanto ao temperamento é um animal bastante dócil e resistente. É usado na lida com o gado, para esporte e lazer. É pouco difundida no Sul do país mas bem apreciada em Minas Gerais e Nordeste.

Os animais são registrados com 36 meses de idade e a altura máxima hoje, é 1,30 para machos e 1,28 para fêmeas com altura ideal de 1,22 m para machos e 1,20 m para as fêmeas, sendo que a altura da garupa não deve exceder mais de 0,02 m da altura na cernelha. Todas as pelagens são permitidas exceto pseudo-algina (gázeo ou pombo).

As raças que contribuíram para a formação do Piquira foram a Mangalarga Marchador, Brasileira e os animais nordestinos cruzados com éguas comuns de menor porte, sendo que hoje já está bastante padronizada e a infusão destas raças ocorre em pequena escala. Apenas o "Catingueiro" ainda é aceito pelos criadores do Nordeste e como o livro do Registro Genealógico continua aberto, estes animais são registrados por se enquadrarem bem no Padrão Racial em vigor. Os criadores hoje buscam um animal harmonioso mas rústico, com aptidão para sela, de andamento marchado e muito cômodo.

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